sexta-feira, 30 de julho de 2010

PARADOXAL MENTE


Aquele sorriso distante
Em lábios tão familiares
A frieza daquele brilho
Outrora, vívidos olhares

Se agora um discurso premido
De que mal se entende haver frases
Outrora, palavras certeiras
Rondando silêncios loquazes

Naquela translúcida alma
Resplandecia a fugaz certeza
De que efêmera a eternidade
Disfarçada dor em  fraqueza

E ainda esse jeito de corpo
Questiona o que tenho em mente
No lugar de um folgar em passos
Eu vejo um andar reticente

Sequela de amores
Mudanças de fases..
O que terá sido?

Que mal desse mundo
Houve de esgotar
Seu jeito atrevido?

(Caio Dimitri/Rafael Fontana)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

VISCERAL

Não me julgue mal
O sangue em minhas mãos
Me faz tão natural
Quanto toda ilusão

Minhas ações futéis
Comportamento cuidadoso
São controvérsias inúteis
De um errante despretensioso

Meu erro é retratável
Não prometi falso amor
As desculpas inaceitáveis
Só servem à tua dor

Se peco em confissão
À culpa não me entrego
Lamento a decepção
Mas tua pieguice, renego

E não me julgue mal
O sangue em minhas mãos
É tão banal, afinal
Quanto o do meu coração

(Caio Dimitri)

sábado, 24 de julho de 2010

FLOYD EXPLICA


Pulsando em cada nota, anota
Melodia em mãos sutis
Soando aos acordes em triz
Viajando na dissonância refeita
Rebuscando a harmonia perfeita
Desafinada, seduz em provocação
Sinuosa sinfonia em devoção
Desafiando a sintonia que conduz
À tua música, à minha luz.

(Caio Dimitri)

SER


Sempre, enquanto preciso for
Serei mais do que simples amor
Em tudo, enquanto preciso, faria
Beleza na mais eufórica agonia
Além do que sonharia, e amaria
Mais do que simplesmente seria

(Caio Dimitri)